No beiral do meu telhado
Há muito tempo que existe
Um ninho muito velhinho
Fazendo longos quilómetros
Algumas já cá não chegam
Vão ficando pelo caminho.
Eu falo das andorinhas
Que são fiéis companheiras
E fazem longas viagens
Criando cá seus filhinhos
Deixando assim os seus ninhos
E vão para outras paragens.
Quando regressão ao lar
É ouvi-las a piar, um piar de aflição
Pois fazem tudo de novo
Porque o pobre velhinho ninho
Está caído no chão.
Com, tanto, tanto trabalho
Nem tem tempo para comer
Para construir o seu lar
Mas o malandro pardal
Assim que pode escapar
O ninho lhe vai roubar.